segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Resenha sobre ir ao cinema, mencionando Atividade Paranormal 2


Eu assisti Atividade Paranormal 2. Porém, não porque eu estivesse morrendo de vontade de assistir esse filme, embora o primeiro tenha sido bastante legal, e sim porque eu queria sair, e nada melhor do que convidar algumas pessoas e ir ao cinema com elas quando não se tem nada para fazer sábado à tarde, não é mesmo? Fora que são tantas pessoas falando sobre o filme que você, que se considera um cinéfilo, se sente na obrigação de assistir a bendita obra. E eu fui, certo de que seria um filme legal.

Porém, ao contrário do que você deve estar imaginando agora, eu não vou fazer uma resenha desse Atividade Paranormal 2. Resenhas você encontra várias, e eu, por não ter um nome de peso, certamente não seria levado a sério se escrevesse uma. O meu intuito com esse post é explicar umas coisinhas para algumas pessoas que vão ao cinema e saem de lá gritando de peito aberto que o filme que acabou de assistir foi uma bosta. Portanto, por mais que eu não quisesse fazer uma resenha do filme, ainda porei o meu ponto de vista sobre ele nesse post.

Atividade Paranormal é um filme sutil, simples, mas muito bem feito. A técnica de filmagem, embora não seja original, pois já foi usada antes em filmes como A Bruxa de Blair e Cloverfield, é interessantíssima e só funciona porque faz com que as imagens vistas pareçam ter acontecido de fato, o que faz com que você imagine "Puxa, e se isso acontecer comigo?". Mas existem certas pessoas que não sabem assistir a filmes assim.

Por mais que o AP2 seja um filme de terror, ele não é aterrorizante do começo ao fim, o que deixa muita gente bastante irritada. Os primeiros 40min retratam única e exclusivamente a rotina da família que faz parte do filme, e isso faz com que você ouça vários infelizes dizendo coisas da na sala de cinema como "Nossa, que filme chato" ou "Que filme parado" ou "Essa droga não tem ação". Acontece, pessoas que fazem isso, que existe um propósito para essa chamada enrolação, e ela te influencia e você nem percebe. Quer ver?

Todos sabem que a fórmula de AP é: rotina, rotina, rotina, sustos. E isso funciona MUITO BEM, deixa o filme legal. Mas todos são impacientes. Sabe por que isso funciona? Pelo seguinte, vamos lá:

O diretor do filme tem o intuito de fazer você se sentir parte do filme, e você não vai se sentir parte do filme se não se identificar com as pessoas que estão nele. Você precisa se acostumar com as personagens, ser essas personagens, senão o susto que eles planejam te dar no final não vai te causar emoção alguma, já que você, tecnicamente, não tem relação nenhuma com aquelas personagens que estão se borrando de medo. É por isso que, enquanto você assite todo aquele blá-blá-blá incessante sobre a família e tudo o mais, ele está te induzindo a se acostumar com aquilo para que você se surpreenda no final.

Entendeu?

Só que muitas pessoas querem filmes que tenham ação do começo ao fim. É por isso que essas pessoas acham graça de filmes como O Grito, O Chamado e outros derivados. Isto é, são filmes de terror que fazem as pessoas rirem, e não ficarem com medo. Tem alguma coisa errada, então.

Esse é o diferencial de AP. Ele é PLANEJADO, tem uma métrica para que os sustos funcionem. Aí o infeliz vai lá, sai do cinema berrando "QUE LIXO DE FILME", sabe por quê? Porque ele não prestou atenção quando devia ter prestado. Nenhuma cena em um filme é meramente alienada ao conjunto da obra. Isso significa que, para que você sinta algo ao assistir algum filme, é necessário que preste atenção do começo ao fim. Se quiser conversar, converse, mas, ainda assim, preste atenção.

É preciso aprender a assistir filme, pessoal.

E essa era a minha mensagem. Quando forem ao cinema, tentem ser mais críticos. Quer dizer, isso se você vai ao cinema pra assistir filmes, porque se você vai pra fazer outra coisa... Hum, é melhor desconsiderar cada coisa que escrevi aqui...

P.S.: Quanto ao Atividade Paranormal 2, eu achei o máximo. Aconselho que assistam.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Um recado pra inúteis via Broadway

Decidi que hoje não faria um post com as minhas palavras, e isso por uma razão.
Acontece que eu tenho ouvido muito algumas músicas de musicais, e geralmente elas até que têm uma lição bem interessante de como agir diante de certas situações. Aliás, acredito que qualquer obra de arte nos ajude com isso, e a música que citarei abaixo é um bom exemplo do que quero ilustrar.

Eu estive com muita raiva de algumas pessoas durante esses meus dois últimos anos da minha vida, mas aprendi sozinho que isso não leva a nada. Quem fica mal pelos outros só comprova que só ele está mal. Fazer cara feia não ajuda em nada, e só te faz ficar ainda mais triste.

Por isso, ainda querendo ilustrar esse meu pensamento, eu encontrei na letra da música So Much Better, composta para o musical Legally Blonde On Broadway, as palavras de que precisava para e a situação EXATA que mostra como as coisas funcionam quando se decepciona com alguém. No entanto, como a Elle Woods percebe ao longo da música, existem coisas mais importantes para nos preocuparmos do que com pessoas com quem nos decepcionamos.

Então, eu traduzi a letra da música, conforme segue abaixo, de forma que a letra se adaptasse a mim, já que ela está se dirigindo a um homem chamado Warner e não é a minha intenção falar sobre ele. Substituí o nome dele por "você", afinal, essa música se aplica a muitas pessoas que passaram pela minha vida do que apenas a uma só.

Espero que gostem da letra assim como eu gostei. Mas lembrem-se: é uma letra adaptada, não necessariamente o que eu quero dizer, embora expresse bem a minha ideia.

So Much Better
Composta por: Laurence O'Keefe e Nell Benjamin
Cantada por: Laura Bell Bundy

"Todo esse tempo eu tenho planejado
Ser paciente e você me amaria de novo...
Você viria a respeitar meus pensamentos
E por último descobriria que poderia me amar de novo...

E eu tenho girado pelo mundo todo
De cabeça pra baixo
Tentando não te deixar partir...
Assistir você ir embora
É como uma explosão fatal.

WOW!

Esse é meu nome no topo daquela lista?
Alguém notou que eu existo?
Isso é um engano?
Aliás, eu estou acordado?
Me belisque pra ter certeza

OW!

Sim, esse é meu nome em preto e branco,
Talvez eu esteja fazendo algo certo.
WOW! Me sinto bem melhor do que antes!

Você!

Desculpe, tenho um chato
Mas acho que o meu melhor não tem funcionado com você.
Mas parece que eu achei a cura
E então eu procuro uma maneira de fazê-la funcionar.

Se lembra quando a gente viveu todos aqueles momentos bons?
Nós dissemos que nada poderia ser melhor...

MAS ISSO PODE!

Ver o meu nome no topo daquela lista
Faz com que eu me lembre do nosso primeiro encontro.
Você achou que eu era bobo
Mas acho que o julgamento de alguém, na verdade, foi pobre.

Ver o meu nome em preto e branco
Deve ser tão bom quanto fazer amor com você a noite inteira

NÃO, ESQUECE!

Isso é bem melhor,
Hello?, bem melhor,
Isso é tão
OH, OH, OH, OH
Bem melhor!
Porque me sinto bem melhor do que antes.

Talvez seja ele quem você prefere
Mas da última vez, eu fui ele
Talvez você mude de ideia
É só procurá-la e achará,
Eu tenho tudo bem melhor,
Melhor emprego, melhores coisas,
Eu não tenho tempo pra chorar,
Tô ocupado demais olhando o meu nome no todo daquela lista
É quase como um furacão de ironia

A quem mais posso contar?
Ah, espera, meu celular!
Minha mãe vai cair ao chão!

EI, MÃE!

Olha meu nome em preto e branco,
Seu filho está fazendo algo correto.
Sinto-me bem melhor

Estarei lá na segunda-feira às nove horas
E veremos quem dará o primeiro passo

NÃO, NÃO POSSO ESPERAR!

Estarei lá às oito
Quando abrirem a porta!

OH, OH,

Eu até vou vestido em preto e branco,
Para que vejam que não tenho motivos para brigar
E eu vou OH, bem melhor e
OH, bem melhor
E em breve todos vocês me verão ainda melhor...

Por que eu me sinto melhor
Por que eu me sinto melhor!
Eu me sinto melhor....

DO QUE ANTEEEEEEEEEEESSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS!!!!!!!!!!!!!!!!!!"

Aí, pra quem quer ver ao vivo, segue abaixo o vídeo. A cantora é excelente, vale a pena assistir também.




Até mais.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Crise Existencial

Ultimamente (na verdade, começou nos meus 16/17 anos), eu comecei a ter crises existenciais. E o pior: essas crises existenciais eram tão fortes que me deixavam triste. Triste. Muito triste.

Peraí, acho melhor eu explicar o que é crise existencial antes que desistam de ler esse post por não saberem do que se trata...

Crise existencial é, basicamente, quando você começa a pensar em como você anda vivendo, nas coisas que você vê, na maneira como você anda agindo e, não tem como escapar desse tópico, nas pessoas que o cercam, principalmente nesse tópico. O que acontece é o seguinte: não haveria crise existencial se não houvesse pessoas ao seu redor.

Não haveria crises existenciais se a sociedade não tivesse tanta influência.

A sociedade é tão sacana que ao mesmo tempo em que ela te fala "viva da maneira como você quer viver", ela te diz "se você não for dessa forma, você não será feliz", e é isso o que mata! Isso é injusto! E o problema é que ela está certa!

Se você não segue o que a sociedade impõe, você simplesmente não será feliz. Por quê? Porque toda a sociedade segue a sociedade, e você será a única gota doce no oceano, e, portanto, solitária. Querendo ou não, somos obrigados a seguir o que a sociedade impõe, certo?

Nem vem me dizer "errado" porque você estará se enganando!

E o que acontece com o ser que não quer seguir o que a sociedade diz, apesar de tudo? Ele fica triste. E começa a pensar em coisas que poderia burlar esse sistema imposto em todas as paredes e tenta provar que a sua maneira de pensar está certa, então, começa-se a crise existencial. Você relaciona pensamentos, coloca um depois do outro e conclui sozinho que você terá que seguir a sociedade apesar de tudo. E o que acontece depois disso?

Você tenta se convencer de que a sociedade está certa! Como? Você conversa com seus amigos, com seus pais, com as pessoas na rua que você nem conhece, com pessoas que não têm nada a ver com você e tenta buscar nelas a resposta para a sua tristeza, tenta procurar o que elas fazem que faz com que sejam tão feliz quanto os outros, menos quanto você. E sabe o que essas pessoas fazem? Elas te dão conselhos.

Mas você não precisa de conselhos. Você precisa de soluções.

Você não precisa de conselhos. Você precisa de soluções.

Você estará sendo egoísta? Sim! É óbvio! Tem conserto? Tem! Sei que tem? Qual?

Não sei.

Talvez seja por isso que eu esteja escrevendo esse post, não? Cansei de conselhos, e quero soluções. Por isso continuo tendo crises existenciais, que me culminam por dentro como nunca! Não desejo isso pra ninguém.

Desconsidere esse texto se você tem um trabalho da hora, uma renda boa, todas as coisas que você quer, um amor do seu lado e uma(s) pessoas ótimas com quem confiar.


P.S.: Se for o seu caso, você pode ler esse texto substituindo a palavra "sociedade" por:
  • Parentes;
  • Amigos;
  • Colegas de escola;
  • Pais e;
  • Pessoas do trabalho.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Rent: Os Boêmios!


Quem me conhece sabe que eu tenho um amor especial por musicais, principalmente os que provém da Broadway. Já assisti o Sweeney Todd, Legally Blonde The Musical, ouvi o The Wicked, o American Idiot on Broadway, enfim, ouvi muitos, e, numa certa vez em que ia à locadora que frequento, encontrei um chamado Rent: Os Boêmios Ao Vivo Na Broadway. Na hora, o impulso de alugar aquele filme, mesmo sem saber a sua história, me tomou por inteiro, mas eu não aluguei, afinal, desembolsar a bagatela de R$3,50 é muito difícil para mim. Demorei três idas à locadora para finalmente alugá-lo, e li a sua sinopse.

O Musial se tratava de algo relacionado a um grupo de jovens que vive nas ruas dos subúrbios de Nova York, e eles não têm dinheiro para pagar o aluguel e tals... Enfim, narra a história de um ano na vida desses amigos, que incluem um aspirante a cineasta, um roqueiro praticamente falido, uma protestante, um travesti que eles diziam que íamos nos apaixonar, entre outros. Eu não sabia nem o que imaginar de uma história que nem essa, então tive que assistir para saber o que dizer.

Coloquei o DVD no computador e assisti, cheio de expectativas. O show era ao vivo, então de repente entrou um cara aparentemente nerd e falou que aquele musical seria dedicado a Jonathan Larson, provavelmente o autor da história, eu pensei. O cenário era antigo, bem confuso, os personagens estavam vestidos para um inverno e a primeira música começou. Não achei nada, continuei assistindo.

Só sei que, com meia-hora de espetáculo, eu estava apaixonado por todos os personagens, inclusive pelo Angel, um travesti muito carismático e extremamente engraçado. De repente, eu não queria que aquele musical acabasse nunca. Nunca.


As músicas foram ficando mais animadas, as composições, mais profundas, e eu percebi que estava diante de uma excelente obra poética em forma de música e teatro, um espetáculo que, puxa, me arrepiava. Os personagens ao cantar demonstravam ser bem fortes apesar de todas as suas dificuldades e os seus conselhos pareciam ser direcionados a mim. Notei que eu não poderia ter morrido sem assistir aquele musical, seria uma grande perda.

E lá vem final. As últimas cenas e música começam a se tornar chocantes, emocionantes, e, quando clímax e a última música se inicia, começo a sentir uma coceira nos meus olhos.

Eles estavam permeados de lágrimas.

Eu pensei "Uau, nunca chorei assistindo coisa alguma, e eu vou chorar assistindo uma peça de teatro?". Limpei os olhos logo em seguida, me impedindo de continuar. O espetáculo terminou, parte do elenco original do musical apareceu e, juntos, o elenco velho e o novo cantaram uma música para a plateia que se chamava Seasons of Love, ou qualquer coisa assim. A letra falava sobre como você mede um ano. Em invernos? Em verões? Em momentos bons? Em ruins?

E que tal medir em amor?, eles diziam. Não tem como não se emocionar, a menos que você não se importe muito com esse tipo de coisa.

E eis que, vendo os extras, eu descobri que aquele havia sido o ÚLTIMO SHOW do Rent após mais de 12 anos de exibição. Não foi a toa, então, que todos os atores estavam muito sensíveis ao atuar, choravam facilmente, a emoção de fazer uma peça de teatro exalava das suas peles. Estava tudo tão real que a explicação para aquilo não podia ser outra senão o começo de um fim. Para eles, aqueles anos de Rent estava terminando ali, na Seasons of Love. Ver os atores chorarem no backstage me deixou ainda mais emocionado, e mais lágrimas vieram aos meus olhos.


Enfim, concluí que aquele musical foi feito pra mim. Me fez perceber que os nossos problemas não são nada se os encararmos com autoridade, com maturidade. ME fez perceber como o humano é um tolo ao tratar o próximo com superficialidade, com se outro fosse um mero medíocre. Eu aprendi uma lição que é a seguinte: eu nasci para ser feliz.

E é por isso que eu super indico o musical Rent: Os Boêmios Ao Vivo Na Broadway. É um musical que fala de amor, amizade e a dificuldade para conseguir o dinheiro do aluguel (?). É romântico, é dramático, engraçado, mas, acima de tudo, é marcante.


P.S.: O Musical é pra 14 anos, pois fala de assuntos como sexo, drogas e Aids.

P.P.S.: O autor do musical morreu.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

A Saga da Minha Vida e a Sua Autora

Essa é Joanne Kathleen Rowling:


Você pode não conhecê-la (em que mundo você vive?), mas essa é uma das mais bem sucedidas escritoras do mundo. Não sabe o que ela escreveu? A foto é auto-explicativa: ela escreveu a saga Harry Potter, saga que já vendeu quase quatrocentos milhões de livros. Pra se ter uma ideia, é como se casa pessoa do Brasil tivesse comprado, pelo menos, dois livros dela. Pensando nesse sucesso, ninguém resolve pensar no passado dela.

Pois é, mas essa mulher tem uma história de vida tão inspiradora que eu gostaria muito de dedicar um post inteiro somente a ela para demonstrar o quanto eu a admiro.

Pode não ser o seu caso, mas JK foi a responsável por fazer com que muitas crianças e adolescentes passassem a gostar muito de ler (é, se você gosta de Crepúsculo, a culpa é da JK), inclusive eu, que não via beleza numa leitura. Mas saiba que chegar nesse sucesso todo não foi fácil.

Certo dia, assistindo a um programa da NGT que estava mostrando a vida dela, eu descobri muitas coisas a seu respeito, e fiquei estupefato com o que descobri. Portanto, o motivo que me leva a dedicar esse post a ela e que fez com essa mulher se tornasse a principal fonte de inspiração da minha vida vem logo a seguir.

JK era professora, morava num bairro suburbano da Inglaterra, era formada em Letras e nem por isso era uma pessoa de sucesso. Estava grávida, de repente teve sua família e, no mesmo tempo, perdeu o emprego. Como forma de ganhar dinheiro rápido, JK escreveu um romance que bolou de uma vez só enquanto vagava de trem, descendo na King's Cross com a história montada na mente. Para não acordar a filha que acabara de nascer, ela ia até um Café mais próximo e digitava, escrevendo com pressa pois precisava pagar as contas.

Ao terminar a escrita, mandou para editoras, mas nenhuma aceitou, julgando que a história de Harry Potter era absurda demais para ser lançada. Depois de um longo tempo, a Bloomsburry aceitou a história e resolveu publicá-la.

O resto da história vocês conhecem.

Agora, o que me fez ser fã de verdade dela é o cuidado que ela teve em criar a história, uma saga de sete livros onde nada acontece por nada. Ficou rica quando mais precisava, o que significa que ela merece.

Ela a maior inspiração da minha vida e, quando escrevo, tenho que confessar que escrevo pensando nela. Sei que sofrerei as mesmas decepções que ela, mas na hora certa sei que tudo vai dar certo.

E nesses dias, pesquisando um pouco mais a respeito dela, descobri que temos algo em comum: a solidão. Mas essa solidão, depois que parei para pensar, é comum para escritores, apesar de eu não me considerar um escritor Escritor.

Ao ser perguntada se escreveria mais algum livro após terminar Harry Potter, JK falou que não quer escrever mais nada. O porquê disso é simplesmente porque ela sentiu os piores sentimentos que uma pessoa pode sentir ao escrever, ressaltando principalmente o quão ruim foi se sentir solitária. Agora que terminou Harry Potter, ela não pensa em escrever mais nada porque não quer sofrer novamente o que sofreu nesses dez anos.

Mas eu te entendo, JK. Apesar de tudo, você fez história e marcou seu nome na história do mundo. Você não precisa fazer mais nada para ganhar notoriedade.

Se eu pudesse encontrá-la algum dia, eu falaria "Obrigado por tudo", por mais que ela não pudesse entender.

P.S.: Experimente dedicar todo o seu tempo livre para terminar um livro e você saberá o que ela sentiu. Experimente gastar um ano da sua vida para concluir uma história. Experimente.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Vegetarianismo e o Sentimento

Certo dia, enquanto estudava com meus amigos para uma prova, lemos uma pergunta que falava sobre as mais diversas habilidades que os animais têm, como voar, nadar, cavar, cantar, enfim, várias coisas que eles fazem bem e que o ser humano pode até fazer, mas não com a mesma eficiência e precisão com que os nossos amigos animais fazem. Ainda lendo a pergunta, nós rimos e, do nada, eu resolvo comentar:

- Caramba, falando desse jeito, até parece que o ser humano não serve para nada.

Meus amigos riram ainda mais.

No entanto, um tempo depois, e quando digo um tempo quero dizer dias depois, voltei a pensar no assunto e, sem mais nem menos, cheguei a uma nova conclusão. O ser humano pode até não voar, nadar, cavar e cantar como os animais, mas ele tem uma habilidade que é, de longe, bem melhor do que todas essas: a de pensar. Chegando à essa conclusão, comuniquei-a aos meus amigos e, sim, eles concordaram comigo.

Com esse pensamento em mente, tentei ir mais a fundo no assunto e cheguei à mais ideias inimagináveis. Outro exemplo é que o ser humano sente, tem emoções, diferente dos nossos colegas animais.

Sentimos um aperto no coração quando perdemos algo ou alguém que tanto gostamos, rimos se achamos algo engraçado ou imprevisto, sentimos um medo que é capaz de dilatar as nossas pupilas e fazer nosso coração bater mais rápido, pensamos dez palavras por segundo quando procuramos soluções para os nossos problemas, e os animais não assim. Eles até podem demonstrar reações, e são apenas reações instintivas, algo que faz parte do nosso instinto de sobrevivência, o medo de morrer e outras coisas mais.

Portanto, com uma conclusão dessas posso afirmar com certeza que os animais não sentem? Posso.

Escrevi esse texto todo, explicando os sentimentos humanos e os animalescos, com o único intuito de criticar o vegetarianismo. Tudo bem se você não gosta de comer carne por causa da sua saúde e tals, mas falar que não devemos matá-los para fazê-los de alimentos quando sabemos que os leões matam as zebras, as baleias matam os atuns, os cachorros matam os ratos e tudo com o único objetivo de se alimentar é PURA hipocrisia.

Dizer que o ser humano pode ter outros hábitos alimentares e que pode facilmente largar da carne pode até ser válido, mas usar argumentos como "os animais também têm sentimentos" ou "temos que amar os animais, e não comê-los" é eufemismo.

Temos caninos como os leões, cachorros e outros animais justamente para rasgar a carne com ferocidade, e não para mordiscar talos de aipo.

Por enquanto, a minha conclusão é essa.

P.S.: Se você achou esse post inútil, diga-me. Não vou escrever mais coisas assim, eu prometo, mas esse é um desabafo.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

O significado de um beijo

O beijo pode ter muitos significados, além de fazer muito bem para o nosso corpo e mente. O beijo libera endorfina, o hormônio da felicidade, então, querendo ou não, o beijo é bom, em todos os sentidos que você puder imaginar. No entanto, o beijo tem um significado muito mais profundo quando se trata de uma relação entre duas pessoas.

Tudo bem que, quando estamos apaixonados, queremos apenas beijar. Sim, voamos em cima de nossos companheiros para nos satisfazer, para nos causar prazer. Não seja hipócrita ao dizer que você beija uma pessoa com o único objetivo de satisfazê-la, porque, nesse caso, somos especialmente egoístas. Importa saber se a pessoa gostou do beijo? Lógico que importa. Mas por quê? Porque vamos querer beijá-la novamente, e não pra saber se ela realmente se sentiu "realizada".

O beijo é bom, como eu já disse, mas tem um significado muito mais profundo do que apenas satisfação. Quer ver?

Se eu ato uma relação com uma pessoa, por que eu fiz isso? Porque eu gosto dela, não? Gosto do papo dela, gosto de estar junto dela, a presença dela me diverte, sua personalidade e tal... Mas, então, por que quando estamos a sós ficamos nos beijando enlouquecidamente? É por que nos amamos? Não, porque não temos o que falar.

Pois é...

O beijo é uma ótima válvula de escape para quando não sabemos o que fazer... Se não sei o que falar para a minha companheira (o) para agradá-la (o), eu a beijo, pois, se meu beijo for bom, ela/ele ficará, pelo menos, entretido(a) durante aqueles poucos minutos. O que isso significa? Vamos à conclusão!

Se uso a minha boca apenas para beijar, é porque não sei fazer nada melhor com ela.

Cruel da minha parte? De maneira alguma! Pense nas milhares de coisas que você pode fazer com sua boca! Conte uma piada, conte uma história, seja romântico(a), cante! Puxa vida, tem tanta coisa melhor pra fazer com a boca do que apenas curtir o silêncio com o beijo!

Um beijo não serve para "curtir o momento", o beijo serve pra fazer o tempo passar de uma vez por todas!

Portanto, beijo, logo, calo-me.

terça-feira, 13 de abril de 2010

O que te deixa feliz?

Me peguei pensando sozinho sobre as coisas que me fazem feliz. Foi um momento tão estranho que é difícil explicar em palavras. Mas eu consegui.

A conclusão a que cheguei é muito simples, embora não seja nada animadora. Só se está feliz quando não se está triste. Sim, isso parece até óbvio demais, mas não é, tem uma profundidade nesse pensamento.

Pensadores pessimistas (ou “realistas”, se preferir) afirmar que o ser humano é uma máquina de sofrer e que são poucos, mas muito poucos mesmo, os momentos em que ele se sente realmente feliz. Isso é a pura verdade.

Um exemplo digno que ilustra bem essa tese é o fato de que muita gente afirma que não vê a hora do fim de semana chegar porque é nele que ela vai se divertir, seja vendo os amigos ou namorados, ou apenas descansando e se deleitando com hobbies. Durante o resto da semana (ou nos dias úteis, se preferirem), é difícil se sentir realmente feliz, pois as nossas atividades rotineiras, como ir a escola, ao trabalho ou até mesmo ficar em casa sem fazer nada, não nos diverte.

É horrível.

Digamos, então, que caminhamos e conversamos sempre numa aura de tristeza, por mais que estejamos sorrindo. O sorriso é uma descontração, uma forma de demonstrar alegria, e não felicidade. Esse é um sentimento bem mais complexo do que isso.

Analisando todos esses fatos, percebi que o que nos faz feliz é fazer o que gostamos. Sim, nada além disso. Fazer o que gostamos nos anima, eleva a auto-estima, e nada mais consegue ter o mesmo efeito. Até mesmo a expectativa de fazer aquilo que gostamos nos deixa feliz. Qualquer problema acaba se tornando uma coisa ínfima quando sabemos que vamos fazer aquilo que queremos.

E o nosso mundo atual não nos permite fazer isso... Nossas rotinas são moldadas pelas pessoas ao nosso redor, e não por nós mesmos. O nosso mundo gira em torno dos outros.

Portanto, hoje em dia, ninguém é feliz, e eu posso afirmar isso de boca cheia.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Dia de Combate ao Fumo

Errar é humano, disso todo mundo sabe, mas persistir no erro é burrice, e disso todo mundo também sabe. Fala se não é legal ver alguém tropeçar num lugar e depois vê-la novamente cometendo o erro para dizer "Caramba, caiu de novo? Persistir no erro é burrice, viu?"? Cara, é muito bom! É sensacional!

Sabemos que desse dito popular, o usamos várias vezes mas, mesmo assim, ainda erramos.

"Não!" você vai dizer, mas é mentira. Persistimos no erro sim. Quer exemplos?

Quem aqui não sabe que fumar é errado e que faz um mal danado para a saúde? Todo mundo sabe, mas quem aqui é capaz de largar o vício e viver uma vida normal e feliz, sem correr o risco de morrer por conta dele? Ninguém.

Conheço muita gente que diz saber das desvantagens do cigarro, mas não são capazes de jogá-los fora. Sabem que estão errando, mas persistem no erro.

"Ué? Tem alguma coisa errada aí!"

Sim, tem mesmo! O ser humano, e não só o brasileiro, é um ser que sabe que está errando, mas que persiste no erro mesmo assim! É o típico dizer do brasileiro que diz que "Brasil não desiste nunca", e temos que incluir as outras nacionalidades aí também.

Mas, afinal, por que isso?

A nossa sociedade já está desgastada, está o pó puro. Cigarro não é só um complemente do dia, como um chocolate entre uma refeição e outra, é uma dependência. Fumantes fumam para aliviar diversos tipo de tensões, preocupação com problemas, e eles só conseguem esse efeito fumando. Só acabam com a ansiedade se fumarem.

Eu já ouvi um amigo meu dizer que parou de fumar, mas se lembra que quando fumava era maravilhoso. Fumar quando se está nervoso é inexplicável, é prazeroso, ele dizia. Portanto, não há desvantagem nenhuma que consiga tirar o cigarro da boca da população.

É como o sexo. As pessoas sabem que se fizerem sexo sem camisinha terão filhos, muitas vezes de gravidez precoce, mas, mesmo assim, não se protegem disso e vão em frente. É prazeroso, assim como o cigarro.

Não há volta.

O cigarro pode dar impotência, acabar com o sue pulmão, causar dependência, apodrecer os seus órgãos, deixar seus dedos e dentes amarelados e seu hálito terrível, mas muita gente continuará fumando!

O que fazer, então?

SUSPENDE-SE A VENDA DO CIGARRO EM TODO O MUNDO!
Não, é radical demais, fora que ia matar muita gente.

Não há nada a ser feito. Niet. Deixe apenas que as pessoas se conscientizem por si só, porque vivemos numa sociedade onde argumentos de terceiros não convencem ninguém. Deixem os fumantes fumarem e mostrar o exemplo para as nossas crianças daquilo que não se deve fazer.

Afinal, aprendemos com o erro dos outros e se um fumante morrer, as crianças vão perceber que não devem fumar, porque senão terão o mesmo fim.

E esse é o meu incentivo ao dia do Combate ao Fumo!


P.S.: Eu não fumo.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Mulher x Homem

Vou começar esse post com um frase bem clichê: "As mulheres são terríveis, mas não há como viver sem elas". Coloco essa frase de início, pois não quero que a frase sirva de conclusão. Disso todo mundo já sabe, mas aqui vai a minha revolta.

As mulheres são lindas e, sim, os homens nunca conseguirão viver sem elas. O problema na humanidade está bem aí, nesse exato ponto, pois, por mais que sejamos pisoteados e massacrados por uma mulher que gostamos, ainda vamos gostar delas independente de tudo! Somos servos delas!

Ah, pelo amor de deus, isso é tudo mentira...

Não é não.

Então prove!

Provas? Beleza!

As únicas pessoas que gostam dos homens de verdade são os... gays. Sim, só os gays. As mulheres olham para os homens com segundas intenções que vão muito além do simples romance Bela-Edward ou de umas boas horinhas na cama. Como já saiu em pesquisa, o campo de visão da mulher é bem maior do que o do homem, o que favorece em muito a sua percepção. Enquanto tudo o que homem quer é ver a "tessalhilha" da sua mulher, tudo o que ela quer é saneamento básico, digamos assim.

Outra coisa: sempre fazemos a vontade delas. Se ela pede cinco minutos, nos cedemos. Se ela pede um tempo, nós cedemos o tempo. Se ela pede que você se afaste dela, você se afasta. E por que o homem faz isso? Ele faz porque tem esperança de que o tempo dê uma refrescada na mente da mulher e faça ela mudar de ideia. Pra que isso? Oras, pra eles voltarem a se relacionar!

O homem sempre vai atrás da mulher que ama, mas a mulher vai atrás do homem que lhe favorece. Quer dizer, isso pra casar, pois aqueles "peguetes" de balada servem apenas para o momento, e não para a vida toda. Somos tratados como lixo descartável por elas.

E o que pensamos disso? Achamos o máximo, já nos acostumamos!

O homem é tudo igual mesmo, não há dúvida... Vão sempre correr atrás de um rabo de saia querendo ver o que tem embaixo dela. Quando se vê um par de pernas, então, o homem se perde e faz uma burrada pior que a outra.

Para terminar esse post, vai uma frase que não é tão clichê assim, aliás, acho que ninguém conhece:

Quem manda na relação é a mulher, não o homem. Quem define se a relação tem fim ou não sempre será a mulher, e o homem vai ter que aceitar a decisão independente de qual seja a sua vontade.

O porquê disso? Por que somos TOTALMENTE submissos à elas, aí está o fundamento da frase As mulheres são terríveis, mas não há como viver sem elas". Elas nos moldam, e sentimos falta disso.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Como é o fim de uma amizade

Ninguém consegue viver sem amigos, no entanto, nem sempre conseguimos encontrar os amigos perfeitos. Se pararmos pra pensar, são muitas as pessoas no mundo, então nunca saberemos se aquela pessoa do nosso lado é o nosso amigo pra toda vida ou não.

Reduzindo um pouco a dimensão do negócio, às vezes, ou sempre, a gente encontra colegas que, muitas vezes, temos coragem de chamar de amigos. Há uma fraca confiança nessa relação, eu conto com você, você conta comigo, a gente joga um pouco de conversa pro ar e está tudo certo.

Chamamos essas pessoas de "amigos".

Mas, como sempre, a gente percebe que os nossos pais sempre têm razão.

Você confia piamente numa pessoa. Ela chega pra você e fala "Não existe amigo melhor do que você", e você acredita, seu ego vai nas alturas. Você gosta de estar ao lado da pessoa, gosta de conversar, confidencia seus sentimentos, e chega uma época em que você se decepciona.

O_O
Como assim?

"Pare de fazer isso senão não falo mais com você" a pessoa te diz. Não há nada de mais nessa frase? Oh, há sim.

E o papo de que você era o melhor amigo que ela tinha e que, como você, não existia igual, hein? Aquilo tudo era mentira? Era sim.

Existe uma questão na amizade que é muito interessante: o que sentimos por um amigo é amor, e eu já falei isso. No entanto, se um amigo meu toma coragem e aponta o dedo pra minha cara dizendo que vai parar de falar comigo se eu continuar fazendo uma coisa tão banal como acessar o twitter (sim, foi isso que me falaram: "Pare de acessar o twitter, senão eu paro de falar com você". O porquê disso não vem ao caso agora), é porque não há e nem nunca houve amor nessa relação.

Fácil, fácil, uma amizade acaba.

Existem palavras que, se ditas na hora errada, tem um peso grande e uma verdade obscura em sua semântica. Pode até ser que digam pra você que aquilo foi brincadeira, mas, como uma amiga minha disse, toda brincadeira tem o seu fundo de verdade. Se a pessoa me falou que não falaria mais comigo, é porque, sim, ela não vai mais falar comigo.

O que fazer, então?

Cortar relações antes que haja argumentos que te faça mudar de ideia. É preciso ter determinação quando se toma uma decisão e se a sua decisão é parar de falar com uma pessoa, pare independente de qualquer coisa que ela lhe diga. Pode parecer infantil, mas, como a Lady Gaga disse, "A confiança é como um espelho: você pode consertar se quebrar, mas você ainda vai ver a porra da rachadura em seu reflexo". O que isso significa?

Você pode até voltar a falar com a pessoa, mas o rastro da sua tristeza estará sempre lá. Para parar com esse sofrimento, apenas corte a relação. Apenas isso.

Essa é uma nota que escrevo pra VOCÊ, pois a amizade com você acaba aqui.

terça-feira, 16 de março de 2010

Ocidental - Oriental: Diferentes ao extremo!

O mundo é incrivelmente grande. Não há como descrever essa imensidão. E, por ter diversas regiões, cada população foi se moldando a características peculiares, adquirindo seus costumes próprios, seus sabores preferidos, suas formas de construções e não é possível dizer que uma cultura seja igual a outra, pois não é.

Pois é. Vivendo uma cultura ocidental fortemente influenciada pelos nosso amigos do hemisfério Norte, acabamos estranhando outras culturas que não são iguais as nossas. Preconceito? Não. É perfeitamente aceitável estranhar algo que não lhe comum, afinal, essa coisa não é comum.

Mas a diferença é gritante.

Vamos falar sobre cultura pop em geral, que engloba música, cinema, games, livros etc. E a comparação que vou fazer é entre a cultura oriental e a cultura ocidental.

Se tiver tempo, assista essas duas cenas de luta que eu encontrei no youtube:

Cena de Oldboy (filme coreano):




Cena de Matrix (filme norte-americano)




Pra quem não assistiu, trata-se de lutas com um monte de gente!. Sim, o herói, no caso do Oldboy o próprio Oldboy contra um monte de gente e no caso do Matrix o Neo contra diversos Agentes Smiths, luta com toda a garra que tem, querendo, por tudo vencer a batalha. Mas a partir dessas imagens, pode se perceber muita coisa a respeito das diferenças de cultura no cinema.

  • Você vê que na cena do Matrix, o Neo está todo estiloso, em preto, pássaros negros voam ao redor, ele luta de forma impassível, como se estivesse apenas cortando um frango em cima da pia. Enfim, nenhuma gota de suór lhe é fisgada, fora que o cara é O CARA lutando, tipo, quase não apanha e consegue sair de qualquer armadilha que lhe é imposta. E, como sempre, seu humor não se varia, ele está sério. Provavelmente deve estar pensando "Não estou fazendo mais que o meu trabalho."
  • Já no Oldboy, o cara luta de verdade! É uma cena sem cortes! Tipo, o cara esta´furioso, ele bate e você que ele quer ganhar a luta porque não quer morrer, e não porque quer se mostrar o cara mais importante na parada! E a maioria dos filmes orientais são assim! Não há estilo, não há bombas explodindo enquanto o heroi anda em câmera lenta, há apenas uma história forte, geralmente com muito drama, e extremamente realista! O Oldboy quase morre lutando, e ainda vence aquele monte de panaca!
Mas, cá entre nós, a luta dele é, de longe, melhor que a do Neo.

  • Num filme como esses, pra que se coloca um galã como o Keanu Reeves? Pro negócio ficar mais hollywoodiano, oras! Um cara bonitão, lutando de forma misteriosa com vários ângulos de câmera animais valoriza o filme e faz com que todos queiram assistir! E só existe uma certeza nesses filmes americanos: o herói sempre vai ganhar, não há dúvidas.
  • Nos filmes orientais, não. Há uma visão mais realista, oos dramas são mais profundos. Assistindo a esse Oldboy, eu quase chorei, porque você vê que o cara sofre! Não existem discursos mela-cueca, onde fica-se falando sobre honra e poder, justiça e blá-blá-blá, só existe uma vida comum e um cara buscando a sua paz! Putz, não tem nem comparação!
Ou seja, por essas duas cenas pode-se concluir facilmente o mundo em que vivemos: Os ocidentais gostam dos caras que são fodas e sempre terão certeza de que ele vai ganhar, e os orientais gostam da surpresa, gostam de saber se o mocinho se ferra ou não, o que é bem mais divertido.

É tão fácil chegar a diversas conclusões só interpretando vídeos...

É isso aí, e eu super indico o filme Oldboy, que foi a principal inspiração pra esse post. Falousses e até mais! ;-P

P.S.: Tá, esse não foi o melhor dos meus posts, mas, acreditem ou não, o meu clima foi cortado várias vezes de tanto que me chamaram. Nenhum criatividade resiste à tantas interrupções.

sexta-feira, 12 de março de 2010

História sobre Histórias (?)

Estava eu em casa ontem, sozinho, zapeando na televisão, quando meu primo, de 14 anos chega. Ela é um garoto um tanto quanto hiperativo, viciado em jogos de computador e ansioso ao extremo.
Já fui avisado de que não é bom deixá-lo jogando enquanto estiver em casa, então, para distraí-lo, continuei com a televisão ligada enquanto assistíamos Everybody Hates Chris, ou qualquer coisa que lembre isso. O seriado é divertido, até me arranca umas gargalhadas, e nós prosseguimos assistindo, rindo e conversando, até que o último episódio acabou e um jornal sensacionalista começou em seguida.

Eu tenho um ódio especial por jornais sensacionalistas.

Então, para não ter que ver desgraça dos outros, mudei de canal, voltando a zapear. A ansiedade do meu primo já estava num nível terrível, onde ele piscava muito e não parava de mexer a cabeça. Com certeza, ele tinha em mente que, a qualquer momento, eu ligaria o meu PC e jogaríamos
Max Payne 2 ou Tomb Raider Lengends, mas essa não er auma das minhas vontades. Continuei zapeando, até que achei um canal interessante, chamado NGT (não me lembro o que significa a sigla), canal 48 UHF, pelo menos aqui em São Paulo. E nele estava passando um anime chamado Evangelion, onde havia lutas de robôs enormes, os chamados mechas, e alunos numa escola com hormônios a flor da pele.

Eu deixei no canal. Estava achando interessante. Era o típico anime que fazia muito sucesso nos anos 80, o início dessa febre por todo o mundo, e a história parecia, de fato, interessante: era engraçada, tinha ação e entretia de verdade. Mas meu primo começou a coçar os olhos e a piscar mais do que nunca, e se revirava na cama de uma forma estranha, demonstrando mais do que ansiedade, quase um nervosismo. Aquilo estava me deixando irritado.

Foi então que ele se pronunciou:

- Você está gostando disso?

- Sim, estou sim. - respondi, humildemente.

- Mas como? Como você pode estar gostando disso?

- Estou gostando da história, oras. Fora que eu gosto do traço que o mangá tem, eu me divirto assistindo.

- Nossa... - Ele disse, esfregando mais uma vez os olhos. - Você assistindo isso quando se existe um monte de coisa melhor pra fazer? Cê é louco...

- O quê, por exemplo? - perguntei, embora já soubesse que a resposta seria algo relacionado à computador e jogos.

- Não sei. - Foi o que ele respondeu, mas eu sabia que sua mente dizia Você tem um computador mega potente que funciona uma pá de jogos e fica assistindo animes dos anos 80 e ainda diz que está gostando? Você só pode estar maluco!

Foi esse momento que me deu inspiração para escrever o post. O fato é que muita gente, principalmente gente da minha família, me acha estranho por conta dos hobbies que tenho. Ao invés de uma boa noitada, prefiro ficar em casa assistindo a um filme ou lendo a um bom livro. Quando viajo, sempre levo o livro que estou lendo. Meu salário, em boa parte, é gasta com coisas para ler, enfim, eu gosto muito de acompanhar histórias, e não há como mudar isso em mim. Se eu falei que estava gostando do anime naquele momento, é porque, de fato, eu estava gostando.

Mas existe gente que prefere uma boa diversão mais fácil, relacionada a jogos, internet ou pornografia. Acontece que eu prefiro coisas mais saudáveis, que não me prejudicam ou que podem me comprometer. Estou errado por causa disso? Se eu olhar no eu interior e ele me dizer que estou bem, não. Tendo essa resposta pra mim, o que importa o que os outros digam? De certo, nada. Sigo em frente e faço as coisas que gosto de fazer, me importando, primeiramente, comigo, pois se o que queremos é ser feliz, temos que ser egoístas e se importar apenas com o que pensamos. De resto, a gente empurra com a barriga, trabalhando sempre a nosso favor.

Não existe pessoa mais importante do que nós mesmos. Quer dizer, é isso o que eu penso...

Final da história, o Franklin, meu primo, me olha com uma cara estranha, me encarando com os olhos que não paravam de piscar, e diz pra mim:

- Se eu estivesse em casa agora, eu estaria assistindo Malhação.

Fiquei boquiaberto. Eu quis morrer. Malhação?


P.S.: Prometo que postarei mais a partir de agora, mas preciso de umas ajudas, também... Se quiserem...

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Percy Jackson e o Ladrão de Raios


Pra quem lê esse blog, deve ter notado que eu não tenho um assunto certo para comentar. Simplesmente vivo uma situação e a redijo, a meu ver. Gosto de dar a minha opinião.

E na última sexta-feira, dia 12 de Fevereiro, eu assisti o filme Percy Jackson e o Ladrão de Raios, baseado no não homônimo livro Percy Jackson e os Olimpianos: O Ladrão de Raios, de Rick Riordan, publicado no Brasil pela Intrínseca (sim, a mesma editora que publicou Crepúsculo e seus demais derivados), e o filme foi dirigido por Chris Columbus, famoso por dirigir Harry Potter e a Pedra Filosofal e A Câmara Secreta.

Comecemos a crítica.

O Chris Columbus é um excelente diretor, isso é inegável, e seu trabalho com Harry Potter resultou no sucesso que a saga Harry Potter é hoje e nos milhões que a nossa querida J K Rowling faturou com sua história. Ele é um diretor confiável, digamos assim.

Agora voltemos ao Percy Jackson.

O Ladrão de Raios é uma história que conta a rotina de um menino de 12 anos, chamado Percy Jackson (guardem bem essa informação), que, aparentemente, tem um déficit de atenção na escola e não consegue aprender a ler. Mais tarde, ele descobre que é filho de um deus grego, embora ele não saiba qual, e tem que ir para um acampamento, onde moram outros filhos de deuses gregos, para ser protegido, pois acreditam que ele tenha roubado o raio de Zeus, então muitas criaturas e deuses mitológicos estão em seu encalço querendo por tudo tirar-lhe o raio. Mas aí tem um problema: ele não está com o raio e tem absoluta certeza disso. Conclusão, sua vida vira de ponta cabeça.

Nesse acampamento, conhecido por acampamento meio-sangue, ele conhece Anabeth, filha de Atena, temperamento difícil, e descobre que seu amigo, Grover, é, na verdade, um sátiro. Juntos, os três vão em busca do verdadeiro ladrão de raios com o intuito de provar a Zeus que Percy Jackson não é, de fato, o ladrão de seu raio.

Com essa sinopse, a história tinha tudo para dar errado. E deu mesmo.

Li o livro e confesso que não gostei muito. A trama era rápida demais, muitos acontecimentos seguidos e sem ordem certa, enfim, não tinha um história em si, somente uma sucessão de cenas de ação sem relação nenhuma entre si. Outro defeito foi como Rick viu os deuses gregos na atualidade; no livro, Hades se mostra uma pessoa compreensiva e acalentadora... Não há como temê-lo. Ares é aquele vovozão inescrupuloso e cheio de marra e por assim segue. Enfim, o autor viajou.

A adaptação para o cinema tinha tudo para dar errado. Pelas fotos e trailers, fãs enlouquecidos queriam morrer quando viram que Percy teria 17 anos no filme ao invés do tradicional 12, Anabeth seria uma garota enorme e de cabelos castanhos, quando no livro era loura, e cenas de ação, que não estavam no livro, apareceram de forma assustadora sem nem ao menos terem sido avisadas. O caos reinava sobre os fãs do best-seller.

Mas lembrem-se: Chris Columbus é f#da!

Quando cheguei ao cinema, fui com todos esses pensamentos em mente: "A adaptação não foi fiel ao livro, o filme vai ser uma merda, um garoto de 17 anos nunca vai parecer um menino de 12", enfim, eu estava cheio de más expectativas.

Acabei me surpreendendo.

Com adolescentes no lugar de crianças, o filme ganhou um ritmo divertidíssimo, com cenas pra lá de engraçadas e atuações muito bem feitas! A história foi muito fiel ao livro, embora com 20% de alterações, e aquelas duas horas em que estive no cinema passaram voando! O olhar de Chris Columbus sobre as cenas do livro foi peculiar e sua adaptação se tornou um filme maravilhoso!

Saí do cinema boquiaberto e cheio de euforia. Eu não tinha palavras para descrever o que senti.

Agora, esse é um filme que indico para quem não sabe o que assistir. O filme é um entretenimento maravilhoso, sem sombra de dúvidas, e vai agradar muito a quem leu ou a quem não leu o livro. Lógico, muitos fãs vão ficar decepcionados, mas podem ter certeza que é porque não querem dar o braço a torcer.


Então, fica a dica!

Até mais!

P.S.: Eu não queria ser chato, então omiti o fato de eles terem escolhido um menino de 17 anos só pra que ele pudesse ser o gatinho da Capricho para o post não ficar chato... Mas vocês me etendem, né?

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Coisas de Solteiro

Existe uma coisa que é pura verdade, mas que ninguém quer assumir: ser solteiro é a pior coisa que existe, pelo menos depois dos 16 anos, quando realmente começa a "vida", digamos assim. Mas afirmar isso não quer dizer, necessariamente, que queiramos arranjar um(a) namorado(a), é algo mais profundo, mais além. A real preocupação aí é o que as pessoas vão pensar de você, que são coisas mais ou menos assim:

  • "Nossa... Ele não pega ninguém..." - geralmente dito por amigos;
  • "Ah, esse menino precisa de uma mulher do lado dele, só assim ele toma jeito" - geralmente dito pela mãe e;
  • "Credo, ele é solteiro... Deve ser um chato do caramba. Ou deve ser gay." - geralmente dito pela sociedade.
Isso é terrível de ser ouvido, digo por experiência própria.

Mas o pior de tudo isso é o que um solteiro faz, que são coisas EXTREMAMENTE diferentes do que uma pessoa compromissada faz. Os exemplos são bem sutis, porém notáveis. Aí vão eles:

  • Assistir Big Brother Brasil;
Não existe coisa mais de solteiro do que assistir BBB. Acontece que os solteiros assistem esse programa porque gostam da trama, gostam de se imaginar no lugar e fazer suposições. O coração acelera em dia de paredão, votação, prova do líder, etc. Já quem namora está com a cabeça em outra coisa... Ou deveria dizer outra pessoa? Namorar já supre essa necessidade de ver gente confinada se relacionando, pois se acredita que a sua vida é mais importante do que a de 17 desconhecidos.

  • Assistir Crepúsculo e derivados;
Essa é a pior válvula de escape pra quem é solteiro, principalmente as solteiras... Meninas sem aliança no dedo assistem o filme e se deleitam com os protagonistas, se imaginando ao seus lados, dando bitoquinhas aqui, uma passada de mão ali... Enfim, isso é o que pouco podem chamar de frisson, mas que muitos podem chamar de FOGO. Pessoas compromissadas, que estão satisfeitas com seus relacionamentos, não perdem tempo acompanhando essas histórias.

  • Acompanhar histórias;
Pra que acompanhar histórias quando você pode se deleitar com a sua? Pessoas compromissadas não gostam de acompanhar histórias, pois as mesmas não lhe causam devido prazer. Sim, estou falando "daquele" prazer, coisa que até os mais santinhos gostam, e isso é inegável. Os solteiros gostam de acompanhar histórias porque viajam naquele mundo, imaginando se as situações que lê lhe ocorressem, enfim, é uma "brisa" que lhe satisfaz.

Existem mais MUITAS outras coisas que são de solteiro, como comer pipoca sozinho, se acabar no chocolate, reclamar e falar mal de quem está namorando, essas coisas e muito mais. Mas existe uma coisa que também precisa ser confessada além de tudo isso:

SER SOLTEIRO É TUDO!

Namore durante 3 anos, case por 5 e se separe. Você vai jurar pra si mesmo que nunca mais vai querer ver uma pessoa do sexo oposto na sua frente. Vai agradecer com júbilo que está solteiro, vai dizer que é a melhor coisa a ser feita e que não há vida melhor que a de um solteiro, e o pior de tudo é que você estará certo. Assistir BBB, Crepúsculo e acompanhar histórias vai ser mais prazeroso do que você pode imaginar, e você vai achar bom.

É por isso que existem coisas próprias pra solteiros, e próprias pra quem está namorando. Quem namora, se prende. E outro detalhe: Namoro =/= Liberdade.

Pense nisso e vá em frente.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Será que realmente nos preocupamos?

Em uma outra ideia, eu ia dizer que o brasileiro tem uma maneira peculiar de se preocupar com as coisas, mas, refletindo melhor, percebi que não só o brasileiro tem essa maneira peculiar de observar as coisas, mas sim o mundo todo. É um jeito tão maneiro de fazer isso que podemos suspeitar facilmente de que há alguma coisa errada aí. Vamos aos exemplos?

Haiti está sob escombros, disso todo mundo sabe. As pessoas pensam "Nossa, tanta gente morreu..." ou "Nossa, pobre daquelas pessoas..." ou "Por que a tecnologia não previu isso antes?" e a melhor: "Quantos mil morreram?", o que é bastante cruel. Você vê o quão as pessoas estão interessadas em ajudar só por essas frases.

Eis que, então, ligamos no noticiário, vemos aquele bando de gente negra cheia de cal e sujeira na cara, ouvimos notas realmente profundas nos dizendo o quanto que eles sofrem e voltamos a nos fazer as mesmas exclamações e interrogações acima. As imagens são tão chocantes que nos sentimos mal... Tem gente que até chora, outros rezam para seus deuses implorando ajuda para os enfermos, e até afirmamos sentir uma certa empatia por aqueles que estão lá sofrendo.

Mas essa empatia não é verdadeira, não...

Sentimos tristeza, empatia, mas é tudo momentâneo, pois assistimos a televisão para sentir a tristeza deles, sim, mas no conforto do nosso lar, onde sabemos que está dando tudo certo. É uma empatia... falsa. Temos certeza de que tudo vai dar tudo certo pra eles, mas não sabemos como, só torcemos pra isso.

E isso não é só quando se trata do Haiti...

Por que será que o Brasil Urgente tem uma audiência monstruosa quando tem enchentes? Porque queremos ver desgraça alheia! Queremos ver as pessoas escorregando na enchente, queremos ver pessoas chorando porque perderam a casa, só queremos ver tristeza. É horrível, mas é assim.

Então, nesses casos, muitas pessoas que lerem esse post se perguntarão: "Mas o que a gente pode fazer? Não há nada que a gente pode fazer...".

Aí eu te respondo...

Que tal mudar o "Nossa, tanta gente morreu..." ou o "Nossa, pobre daquelas pessoas..." ou o "Por que a tecnologia não previu isso antes?" e, a melhor de todas, "Quantos mil morreram?" por "Como eu posso ajudar?" ou "Em que número consigo informações pra doações?" ou "Qual é a conta para depósito de dinheiro?" ou, o que é melhor, "Do que esse pessoal está mais precisando?". Fazendo isso, você está tendo uma atitude muito mais HUMANA, muito mais correta.

Tente pensar na tristeza que eles estão sentindo, tente pensar no que você faria se estivesse no lugar. Com certeza você ia clamar por ajuda e ia esperar que as pessoas de fora te ajudassem mesmo. O que os haitianos estão sofrendo não é uma brincadeira que só dura aqueles cinco minutos de reportagem da globo, aquilo está durando DIAS INTERMINÁVEIS pra eles.

Vê se levanta a sua bunda pra fazer algo de uma vez por todas! Tenha vergonha de si próprio por ser tão... tão... Superficial!
Isso não foi feito por direção de arte, é real. Que pena, não é mesmo?

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Pessoas quietas = nerd?

Eu sei que já falei sobre um assunto parecido com esse antes, mas tenho que reforçá-lo, afinal, as pessoas parecem não dar importância. Acontece que, as vezes, o silêncio de alguém incomoda muito a pessoa que está do seu lado. É injusto, mas há um motivo pra isso. Aliás, não um motivo, mas uma série deles.

Saiu na Revista Super Interessante de não sei que mês, afinal, faz um tempo que li, que pessoas quietas e introvertidas são mais criativas, sabem lidar com certos tipos de situações sem enlouquecer e, apesar de ser paradoxal, se dão melhores pra falar em público do que uma pessoa mais extrovertida. Isso pareceu estranho, mas não estamos falando apenas de desenvoltura diante do público, e sim na formação de pensamentos que é nada mais, nada menos, do que resultado de muita reflexão.

Mas tem alguém que consegue fazer alguma reflexão enquanto fala sem parar?

Pois é... As pessoas mais comunicativas, geralmente, não são muito boas em diálogos, mas quando se trata de monólogos, a conversa flui... Não, espera aí! Como pode haver uma conversa, que seria, na verdade, uma troca de ideias, quando a pessoa fala em monólogo, ou seja, fala
sozinha?

Simplesmente não há conversa.

Não havendo essa troca de ideia, não se adquire conhecimento. A troca de falas é mais importante do que parece, pois se você tem uma ideia errada fixa na cabeça e não dá espaço para que os outros possam te corrigir, você vai continuar errado todo o sempre. E o pessoal vai rir da sua cara.

É por isso que eu concordo com a Marimoon quando ela diz que os Nerds vão dominar o mundo e que devemos ter inveja deles, pois são eles quem vão vencer na vida. Acontece que os chamados nerds são sempre capazes de ouvir os outros, são mais atenciosos, assim, adquirem mais conhecimentos, ampliam as suas ideias, se tornam pessoas melhores. Os argumentos ficam inteligentíssimos, não se perdem quando expõem uma ideia e vão longe.

É... devemos mesmo ter inveja dos Nerds. E das pessoas quietas também, que nem sempre são nerds.

Será que é um problema grave ser nerd?

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Carros Felizes! ^.^

Os carros têm um poder sobre as pessoas maior do que o poder de locomoção. A partir de quando ele foi inventado, causou uma revolução muito maior do que ele pensa, e é uma revolução subliminar, que foi mudando as pessoas pouco a pouco sem que elas percebessem. Agora, o modo como as pessoas agem em relação à ele é aceito normalmente, sem hesitação alguma.

A primeira mudança radical foi a mudança de status. Quem tinha um carro, era uma pessoa maneira. Depois, as mulheres, que não conseguiam comprar seus carros, davam em cima daqueles que o tinham, criando, assim, o que chamamos hoje de Maria-Gasolina. Os interesses passaram a mudar; o amor não importava mais.

A partir daí, já temos duas mudanças drásticas: a criação da superioridade sob aqueles que não tinham carro e o súbito interesse das mulheres por quem o tinha.

Após isso, quem não tinha carro, queria ter. As vezes, o irmão de uma pessoa, que tinha um carro e poderia muito bem ou levá-lo aos lugares, ou emprestá-lo para que ele pudesse ir aos lugares, não o fazia. Muitas vezes, também, esse outro irmão não queria esse carro emprestado, pois era do seu irmão, e não seu. Havia, então, dois pensamentos diferente: aquele que tinha o carro queria sentir a posse sob aquilo que é seu e aquele que não tinha, mas tinha um familiar que tinha, não queria usá-lo, pois também queria sentir esse sentimento de posse, mas sob algo que fosse seu.

Até aqui, mais mudanças: por mulheres só se interessarem por quem tinha carro, os homens, mais e mais, queriam comprar os seus carros, e não utilizar carros alheios.

Com isso, o carro se tornou uma coisa popular. Hoje, você pode comprar um em mais de 80 parcelas, ou, se preferir, pagar a vida inteira. A velha geração sempre troca de carro, a nova geração sempre compra o seu novo carro, e um novo caos estava feito. Na verdade, o pior de todos eles: a falta de conscientização e o abarrotamento de carros.

A partir daí, não tem mais como consertar o erro.

É cultural, e não tem mais volta, crescer querendo um carro. Você trabalha, entra na faculdade e compra um carro. Você trabalha, ganha um dinheiro maneiro, e compra um carro. Você vai no Sílvio Santos, responde meia-dúzia de perguntas e ganha um carro. Ou seja, todo mundo quer um carro. E todo mundo está tendo um carro.

Conclusão de tudo isso, são SÓ 800 NOVOS CARROS POR DIA SÓ EM SÃO PAULO. A cada dia que passa a coisa vai ficando feia, e os problemas são simples:

  • POLUIÇÃO;
  • SUPER-LOTAÇÃO;
  • MAUS TRÁFEGOS INFERNAIS E;
  • UMA DESIGUALDADE SOCIAL TERRÍVEL!
Mas quem se importa com isso? Quem?

Só é necessário ter o seu próprio carro e ser feliz, é isso o que se deve pensar, não é?

NÃO!

Está faltando consciência por parte da população e não há mais como consertar isso quando comprar um carro faz parte da cultura brasileira. O estrago já foi feito, não há como voltar atrás.

E eles acreditam que o mundo vai acabar em 2012, mas será? Ano passado, quando eu vinha pro trabalho, eu demorava meia-hora pra chegar. Esse ano, estou demorando 50 min. Houve uma mudança aí, não houve? Será que 2010 aguenta?

Será que teremos salvação?

P.S.: O principal motivo que me deu inspiração para escrever o post foi essa foto que tirei no ônibus, hoje de manhã. O trânsito estava parado, e a rua estava cheia de carros. Essa foto eu tirei por volta de 08h30 da manhã, e é assim o dia inteiro aqui em São Paulo. Será que teremos salvação, eu pergunto mais uma vez.

P.P.S.: Eu não quero comprar um carro ^.^ Não gosto de andar de ônibus, mas ando, pois é preciso.

P.P.P.S.: Fora que se eu comprar um carro, vou ter que pintar meu cabelo de rosa. Uma pequena aposta que fiz com meus amigos...

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Raiva

As pessoas dizem que a raiva é maléfica pra vida. Tem pessoas que até dizem que a raiva traz câncer. Então, qual seria a melhor solução pra resolver esse problemão que assola tanta gente que é o fato de sentir raiva?

Ok, muitos diriam assim "Ah, é só não sentir raiva dos outros, é só ser uma pessoa compreensiva" essas coisas bobas que só quem não tem motivo nenhum pra sentir raiva diria. Agora, prestem atenção, como é que você não vai sentir raiva quando a cidade inteira está em silêncio e só o seu vizinho, que é seu parente, por sinal, resolveu começar uma festinha as 00h01, ligando o celular numa rádio muito louca com a luz acesona na sua cara? Ah, ele está fumando narguilé, que muitos sem-cultura chamam, carinhosamente, de narguíly, e não está sozinho, está com a sua irmã. Altas aventuras, certo?

Levando em consideração que você tem que acordar cedo no próximo dia pra poder trabalhar, e que você não consegue dormir por causa do barulho que eles estão causando, o que é que você faz? "Você tem que ser compreensivo, não se pode causar problemas com vizinhos..." CHEGA! Esse papo de vizinhança feliz só funciona nos Estados Unidos, mas funciona muito mal, ainda por cima.

Com tudo isso acontecendo ao mesmo tempo, você vai ficar com raiva, não tem como... Só que, passado alguns minutos, a sua raiva se transforma em fúria, não mais uma raivinha simples. O que é que você tem que fazer? "Se você não gosta de festa, você tem que deixar os outros de divertirem com o que gostam..." NÃO! Você pensa, reflete, percebe que eles estão invadindo o seu espaço, por mais que as janelas e portas estejam fechadas, que eles conseguem ser impertinentes mesmo estando longe de você, e se lembra, também, que quando você dorme pouco, acorda mal humorado e trabalha muito mal... Reunindo tudo isso ao mesmo tempo, você vai ficar louco...

E vai começar a tremer... Mas não é de frio, é de rancor. Suas pernas vão tremer nervosamente, enlouquecidas, e você vai sentir as suas bochechas queimarem, mas você sabe que isso não é febre, e você pensa Puxa! Eles estão pisando em mim e eu não vou fazer... nada?

Isso já é o suficiente pra tomar coragem, abrir a janela da sua casa e dizer, delicadamente "Por favor, vocês podem, pelo menos, desligar o celular?". Pode ter certeza, depois de um minuto, e não estou exagerando, eles não vão só desligar o celular, como também a luz e a matraca. Vai dar tudo certo. E sabe o que é melhor, a sua raiva vai embora rapidinho, como se você tivesse tomado um banho de água fria. Você vai se sentir tão bem, tão feliz... Vai perder o sono, mas seu orgulho vai estar nas alturas. Isso sim vai te fazer bem.

Por isso, concluo que a raiva é algo ruim. Se você sente raiva, e sabe que isso só faz mal pra você, acabe com o motivo dessa raiva, mas faça isso por meio de palavras. Usar murros e pontapés só vai te fazer sentir mais raiva. A felicidade que vem depois dessa conquista é eletrizante, não tem igual. E mais, não deixem que pisem em você. Você é a pessoa mais importante, não adianta se martirizar e se achar incapaz quando você sabe que isso é mentira.

ACORDE!

E o principal: tenha argumentos pra defender o seu ponto de vista. Muitas pessoas podem confrontar quando você falar algo que não lhes convenha, mas você tem que se manter firme, usando todas as suas artimanhas para defender a sua visão. Argumente!

É assim que eu consigo viver até hoje.