Pra quem lê esse blog, deve ter notado que eu não tenho um assunto certo para comentar. Simplesmente vivo uma situação e a redijo, a meu ver. Gosto de dar a minha opinião.
E na última sexta-feira, dia 12 de Fevereiro, eu assisti o filme Percy Jackson e o Ladrão de Raios, baseado no não homônimo livro Percy Jackson e os Olimpianos: O Ladrão de Raios, de Rick Riordan, publicado no Brasil pela Intrínseca (sim, a mesma editora que publicou Crepúsculo e seus demais derivados), e o filme foi dirigido por Chris Columbus, famoso por dirigir Harry Potter e a Pedra Filosofal e A Câmara Secreta.
Comecemos a crítica.
O Chris Columbus é um excelente diretor, isso é inegável, e seu trabalho com Harry Potter resultou no sucesso que a saga Harry Potter é hoje e nos milhões que a nossa querida J K Rowling faturou com sua história. Ele é um diretor confiável, digamos assim.
Agora voltemos ao Percy Jackson.
O Ladrão de Raios é uma história que conta a rotina de um menino de 12 anos, chamado Percy Jackson (guardem bem essa informação), que, aparentemente, tem um déficit de atenção na escola e não consegue aprender a ler. Mais tarde, ele descobre que é filho de um deus grego, embora ele não saiba qual, e tem que ir para um acampamento, onde moram outros filhos de deuses gregos, para ser protegido, pois acreditam que ele tenha roubado o raio de Zeus, então muitas criaturas e deuses mitológicos estão em seu encalço querendo por tudo tirar-lhe o raio. Mas aí tem um problema: ele não está com o raio e tem absoluta certeza disso. Conclusão, sua vida vira de ponta cabeça.
Nesse acampamento, conhecido por acampamento meio-sangue, ele conhece Anabeth, filha de Atena, temperamento difícil, e descobre que seu amigo, Grover, é, na verdade, um sátiro. Juntos, os três vão em busca do verdadeiro ladrão de raios com o intuito de provar a Zeus que Percy Jackson não é, de fato, o ladrão de seu raio.
Com essa sinopse, a história tinha tudo para dar errado. E deu mesmo.
Li o livro e confesso que não gostei muito. A trama era rápida demais, muitos acontecimentos seguidos e sem ordem certa, enfim, não tinha um história em si, somente uma sucessão de cenas de ação sem relação nenhuma entre si. Outro defeito foi como Rick viu os deuses gregos na atualidade; no livro, Hades se mostra uma pessoa compreensiva e acalentadora... Não há como temê-lo. Ares é aquele vovozão inescrupuloso e cheio de marra e por assim segue. Enfim, o autor viajou.
A adaptação para o cinema tinha tudo para dar errado. Pelas fotos e trailers, fãs enlouquecidos queriam morrer quando viram que Percy teria 17 anos no filme ao invés do tradicional 12, Anabeth seria uma garota enorme e de cabelos castanhos, quando no livro era loura, e cenas de ação, que não estavam no livro, apareceram de forma assustadora sem nem ao menos terem sido avisadas. O caos reinava sobre os fãs do best-seller.
Mas lembrem-se: Chris Columbus é f#da!
Quando cheguei ao cinema, fui com todos esses pensamentos em mente: "A adaptação não foi fiel ao livro, o filme vai ser uma merda, um garoto de 17 anos nunca vai parecer um menino de 12", enfim, eu estava cheio de más expectativas.
Acabei me surpreendendo.
Com adolescentes no lugar de crianças, o filme ganhou um ritmo divertidíssimo, com cenas pra lá de engraçadas e atuações muito bem feitas! A história foi muito fiel ao livro, embora com 20% de alterações, e aquelas duas horas em que estive no cinema passaram voando! O olhar de Chris Columbus sobre as cenas do livro foi peculiar e sua adaptação se tornou um filme maravilhoso!
Saí do cinema boquiaberto e cheio de euforia. Eu não tinha palavras para descrever o que senti.
Agora, esse é um filme que indico para quem não sabe o que assistir. O filme é um entretenimento maravilhoso, sem sombra de dúvidas, e vai agradar muito a quem leu ou a quem não leu o livro. Lógico, muitos fãs vão ficar decepcionados, mas podem ter certeza que é porque não querem dar o braço a torcer.
Então, fica a dica!
Até mais!
P.S.: Eu não queria ser chato, então omiti o fato de eles terem escolhido um menino de 17 anos só pra que ele pudesse ser o gatinho da Capricho para o post não ficar chato... Mas vocês me etendem, né?