Me peguei pensando sozinho sobre as coisas que me fazem feliz. Foi um momento tão estranho que é difícil explicar em palavras. Mas eu consegui.
A conclusão a que cheguei é muito simples, embora não seja nada animadora. Só se está feliz quando não se está triste. Sim, isso parece até óbvio demais, mas não é, tem uma profundidade nesse pensamento.
Pensadores pessimistas (ou “realistas”, se preferir) afirmar que o ser humano é uma máquina de sofrer e que são poucos, mas muito poucos mesmo, os momentos em que ele se sente realmente feliz. Isso é a pura verdade.
Um exemplo digno que ilustra bem essa tese é o fato de que muita gente afirma que não vê a hora do fim de semana chegar porque é nele que ela vai se divertir, seja vendo os amigos ou namorados, ou apenas descansando e se deleitando com hobbies. Durante o resto da semana (ou nos dias úteis, se preferirem), é difícil se sentir realmente feliz, pois as nossas atividades rotineiras, como ir a escola, ao trabalho ou até mesmo ficar em casa sem fazer nada, não nos diverte.
É horrível.
Digamos, então, que caminhamos e conversamos sempre numa aura de tristeza, por mais que estejamos sorrindo. O sorriso é uma descontração, uma forma de demonstrar alegria, e não felicidade. Esse é um sentimento bem mais complexo do que isso.
Analisando todos esses fatos, percebi que o que nos faz feliz é fazer o que gostamos. Sim, nada além disso. Fazer o que gostamos nos anima, eleva a auto-estima, e nada mais consegue ter o mesmo efeito. Até mesmo a expectativa de fazer aquilo que gostamos nos deixa feliz. Qualquer problema acaba se tornando uma coisa ínfima quando sabemos que vamos fazer aquilo que queremos.
E o nosso mundo atual não nos permite fazer isso... Nossas rotinas são moldadas pelas pessoas ao nosso redor, e não por nós mesmos. O nosso mundo gira em torno dos outros.
Portanto, hoje em dia, ninguém é feliz, e eu posso afirmar isso de boca cheia.