segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Resenha sobre ir ao cinema, mencionando Atividade Paranormal 2


Eu assisti Atividade Paranormal 2. Porém, não porque eu estivesse morrendo de vontade de assistir esse filme, embora o primeiro tenha sido bastante legal, e sim porque eu queria sair, e nada melhor do que convidar algumas pessoas e ir ao cinema com elas quando não se tem nada para fazer sábado à tarde, não é mesmo? Fora que são tantas pessoas falando sobre o filme que você, que se considera um cinéfilo, se sente na obrigação de assistir a bendita obra. E eu fui, certo de que seria um filme legal.

Porém, ao contrário do que você deve estar imaginando agora, eu não vou fazer uma resenha desse Atividade Paranormal 2. Resenhas você encontra várias, e eu, por não ter um nome de peso, certamente não seria levado a sério se escrevesse uma. O meu intuito com esse post é explicar umas coisinhas para algumas pessoas que vão ao cinema e saem de lá gritando de peito aberto que o filme que acabou de assistir foi uma bosta. Portanto, por mais que eu não quisesse fazer uma resenha do filme, ainda porei o meu ponto de vista sobre ele nesse post.

Atividade Paranormal é um filme sutil, simples, mas muito bem feito. A técnica de filmagem, embora não seja original, pois já foi usada antes em filmes como A Bruxa de Blair e Cloverfield, é interessantíssima e só funciona porque faz com que as imagens vistas pareçam ter acontecido de fato, o que faz com que você imagine "Puxa, e se isso acontecer comigo?". Mas existem certas pessoas que não sabem assistir a filmes assim.

Por mais que o AP2 seja um filme de terror, ele não é aterrorizante do começo ao fim, o que deixa muita gente bastante irritada. Os primeiros 40min retratam única e exclusivamente a rotina da família que faz parte do filme, e isso faz com que você ouça vários infelizes dizendo coisas da na sala de cinema como "Nossa, que filme chato" ou "Que filme parado" ou "Essa droga não tem ação". Acontece, pessoas que fazem isso, que existe um propósito para essa chamada enrolação, e ela te influencia e você nem percebe. Quer ver?

Todos sabem que a fórmula de AP é: rotina, rotina, rotina, sustos. E isso funciona MUITO BEM, deixa o filme legal. Mas todos são impacientes. Sabe por que isso funciona? Pelo seguinte, vamos lá:

O diretor do filme tem o intuito de fazer você se sentir parte do filme, e você não vai se sentir parte do filme se não se identificar com as pessoas que estão nele. Você precisa se acostumar com as personagens, ser essas personagens, senão o susto que eles planejam te dar no final não vai te causar emoção alguma, já que você, tecnicamente, não tem relação nenhuma com aquelas personagens que estão se borrando de medo. É por isso que, enquanto você assite todo aquele blá-blá-blá incessante sobre a família e tudo o mais, ele está te induzindo a se acostumar com aquilo para que você se surpreenda no final.

Entendeu?

Só que muitas pessoas querem filmes que tenham ação do começo ao fim. É por isso que essas pessoas acham graça de filmes como O Grito, O Chamado e outros derivados. Isto é, são filmes de terror que fazem as pessoas rirem, e não ficarem com medo. Tem alguma coisa errada, então.

Esse é o diferencial de AP. Ele é PLANEJADO, tem uma métrica para que os sustos funcionem. Aí o infeliz vai lá, sai do cinema berrando "QUE LIXO DE FILME", sabe por quê? Porque ele não prestou atenção quando devia ter prestado. Nenhuma cena em um filme é meramente alienada ao conjunto da obra. Isso significa que, para que você sinta algo ao assistir algum filme, é necessário que preste atenção do começo ao fim. Se quiser conversar, converse, mas, ainda assim, preste atenção.

É preciso aprender a assistir filme, pessoal.

E essa era a minha mensagem. Quando forem ao cinema, tentem ser mais críticos. Quer dizer, isso se você vai ao cinema pra assistir filmes, porque se você vai pra fazer outra coisa... Hum, é melhor desconsiderar cada coisa que escrevi aqui...

P.S.: Quanto ao Atividade Paranormal 2, eu achei o máximo. Aconselho que assistam.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Um recado pra inúteis via Broadway

Decidi que hoje não faria um post com as minhas palavras, e isso por uma razão.
Acontece que eu tenho ouvido muito algumas músicas de musicais, e geralmente elas até que têm uma lição bem interessante de como agir diante de certas situações. Aliás, acredito que qualquer obra de arte nos ajude com isso, e a música que citarei abaixo é um bom exemplo do que quero ilustrar.

Eu estive com muita raiva de algumas pessoas durante esses meus dois últimos anos da minha vida, mas aprendi sozinho que isso não leva a nada. Quem fica mal pelos outros só comprova que só ele está mal. Fazer cara feia não ajuda em nada, e só te faz ficar ainda mais triste.

Por isso, ainda querendo ilustrar esse meu pensamento, eu encontrei na letra da música So Much Better, composta para o musical Legally Blonde On Broadway, as palavras de que precisava para e a situação EXATA que mostra como as coisas funcionam quando se decepciona com alguém. No entanto, como a Elle Woods percebe ao longo da música, existem coisas mais importantes para nos preocuparmos do que com pessoas com quem nos decepcionamos.

Então, eu traduzi a letra da música, conforme segue abaixo, de forma que a letra se adaptasse a mim, já que ela está se dirigindo a um homem chamado Warner e não é a minha intenção falar sobre ele. Substituí o nome dele por "você", afinal, essa música se aplica a muitas pessoas que passaram pela minha vida do que apenas a uma só.

Espero que gostem da letra assim como eu gostei. Mas lembrem-se: é uma letra adaptada, não necessariamente o que eu quero dizer, embora expresse bem a minha ideia.

So Much Better
Composta por: Laurence O'Keefe e Nell Benjamin
Cantada por: Laura Bell Bundy

"Todo esse tempo eu tenho planejado
Ser paciente e você me amaria de novo...
Você viria a respeitar meus pensamentos
E por último descobriria que poderia me amar de novo...

E eu tenho girado pelo mundo todo
De cabeça pra baixo
Tentando não te deixar partir...
Assistir você ir embora
É como uma explosão fatal.

WOW!

Esse é meu nome no topo daquela lista?
Alguém notou que eu existo?
Isso é um engano?
Aliás, eu estou acordado?
Me belisque pra ter certeza

OW!

Sim, esse é meu nome em preto e branco,
Talvez eu esteja fazendo algo certo.
WOW! Me sinto bem melhor do que antes!

Você!

Desculpe, tenho um chato
Mas acho que o meu melhor não tem funcionado com você.
Mas parece que eu achei a cura
E então eu procuro uma maneira de fazê-la funcionar.

Se lembra quando a gente viveu todos aqueles momentos bons?
Nós dissemos que nada poderia ser melhor...

MAS ISSO PODE!

Ver o meu nome no topo daquela lista
Faz com que eu me lembre do nosso primeiro encontro.
Você achou que eu era bobo
Mas acho que o julgamento de alguém, na verdade, foi pobre.

Ver o meu nome em preto e branco
Deve ser tão bom quanto fazer amor com você a noite inteira

NÃO, ESQUECE!

Isso é bem melhor,
Hello?, bem melhor,
Isso é tão
OH, OH, OH, OH
Bem melhor!
Porque me sinto bem melhor do que antes.

Talvez seja ele quem você prefere
Mas da última vez, eu fui ele
Talvez você mude de ideia
É só procurá-la e achará,
Eu tenho tudo bem melhor,
Melhor emprego, melhores coisas,
Eu não tenho tempo pra chorar,
Tô ocupado demais olhando o meu nome no todo daquela lista
É quase como um furacão de ironia

A quem mais posso contar?
Ah, espera, meu celular!
Minha mãe vai cair ao chão!

EI, MÃE!

Olha meu nome em preto e branco,
Seu filho está fazendo algo correto.
Sinto-me bem melhor

Estarei lá na segunda-feira às nove horas
E veremos quem dará o primeiro passo

NÃO, NÃO POSSO ESPERAR!

Estarei lá às oito
Quando abrirem a porta!

OH, OH,

Eu até vou vestido em preto e branco,
Para que vejam que não tenho motivos para brigar
E eu vou OH, bem melhor e
OH, bem melhor
E em breve todos vocês me verão ainda melhor...

Por que eu me sinto melhor
Por que eu me sinto melhor!
Eu me sinto melhor....

DO QUE ANTEEEEEEEEEEESSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS!!!!!!!!!!!!!!!!!!"

Aí, pra quem quer ver ao vivo, segue abaixo o vídeo. A cantora é excelente, vale a pena assistir também.




Até mais.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Crise Existencial

Ultimamente (na verdade, começou nos meus 16/17 anos), eu comecei a ter crises existenciais. E o pior: essas crises existenciais eram tão fortes que me deixavam triste. Triste. Muito triste.

Peraí, acho melhor eu explicar o que é crise existencial antes que desistam de ler esse post por não saberem do que se trata...

Crise existencial é, basicamente, quando você começa a pensar em como você anda vivendo, nas coisas que você vê, na maneira como você anda agindo e, não tem como escapar desse tópico, nas pessoas que o cercam, principalmente nesse tópico. O que acontece é o seguinte: não haveria crise existencial se não houvesse pessoas ao seu redor.

Não haveria crises existenciais se a sociedade não tivesse tanta influência.

A sociedade é tão sacana que ao mesmo tempo em que ela te fala "viva da maneira como você quer viver", ela te diz "se você não for dessa forma, você não será feliz", e é isso o que mata! Isso é injusto! E o problema é que ela está certa!

Se você não segue o que a sociedade impõe, você simplesmente não será feliz. Por quê? Porque toda a sociedade segue a sociedade, e você será a única gota doce no oceano, e, portanto, solitária. Querendo ou não, somos obrigados a seguir o que a sociedade impõe, certo?

Nem vem me dizer "errado" porque você estará se enganando!

E o que acontece com o ser que não quer seguir o que a sociedade diz, apesar de tudo? Ele fica triste. E começa a pensar em coisas que poderia burlar esse sistema imposto em todas as paredes e tenta provar que a sua maneira de pensar está certa, então, começa-se a crise existencial. Você relaciona pensamentos, coloca um depois do outro e conclui sozinho que você terá que seguir a sociedade apesar de tudo. E o que acontece depois disso?

Você tenta se convencer de que a sociedade está certa! Como? Você conversa com seus amigos, com seus pais, com as pessoas na rua que você nem conhece, com pessoas que não têm nada a ver com você e tenta buscar nelas a resposta para a sua tristeza, tenta procurar o que elas fazem que faz com que sejam tão feliz quanto os outros, menos quanto você. E sabe o que essas pessoas fazem? Elas te dão conselhos.

Mas você não precisa de conselhos. Você precisa de soluções.

Você não precisa de conselhos. Você precisa de soluções.

Você estará sendo egoísta? Sim! É óbvio! Tem conserto? Tem! Sei que tem? Qual?

Não sei.

Talvez seja por isso que eu esteja escrevendo esse post, não? Cansei de conselhos, e quero soluções. Por isso continuo tendo crises existenciais, que me culminam por dentro como nunca! Não desejo isso pra ninguém.

Desconsidere esse texto se você tem um trabalho da hora, uma renda boa, todas as coisas que você quer, um amor do seu lado e uma(s) pessoas ótimas com quem confiar.


P.S.: Se for o seu caso, você pode ler esse texto substituindo a palavra "sociedade" por:
  • Parentes;
  • Amigos;
  • Colegas de escola;
  • Pais e;
  • Pessoas do trabalho.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Rent: Os Boêmios!


Quem me conhece sabe que eu tenho um amor especial por musicais, principalmente os que provém da Broadway. Já assisti o Sweeney Todd, Legally Blonde The Musical, ouvi o The Wicked, o American Idiot on Broadway, enfim, ouvi muitos, e, numa certa vez em que ia à locadora que frequento, encontrei um chamado Rent: Os Boêmios Ao Vivo Na Broadway. Na hora, o impulso de alugar aquele filme, mesmo sem saber a sua história, me tomou por inteiro, mas eu não aluguei, afinal, desembolsar a bagatela de R$3,50 é muito difícil para mim. Demorei três idas à locadora para finalmente alugá-lo, e li a sua sinopse.

O Musial se tratava de algo relacionado a um grupo de jovens que vive nas ruas dos subúrbios de Nova York, e eles não têm dinheiro para pagar o aluguel e tals... Enfim, narra a história de um ano na vida desses amigos, que incluem um aspirante a cineasta, um roqueiro praticamente falido, uma protestante, um travesti que eles diziam que íamos nos apaixonar, entre outros. Eu não sabia nem o que imaginar de uma história que nem essa, então tive que assistir para saber o que dizer.

Coloquei o DVD no computador e assisti, cheio de expectativas. O show era ao vivo, então de repente entrou um cara aparentemente nerd e falou que aquele musical seria dedicado a Jonathan Larson, provavelmente o autor da história, eu pensei. O cenário era antigo, bem confuso, os personagens estavam vestidos para um inverno e a primeira música começou. Não achei nada, continuei assistindo.

Só sei que, com meia-hora de espetáculo, eu estava apaixonado por todos os personagens, inclusive pelo Angel, um travesti muito carismático e extremamente engraçado. De repente, eu não queria que aquele musical acabasse nunca. Nunca.


As músicas foram ficando mais animadas, as composições, mais profundas, e eu percebi que estava diante de uma excelente obra poética em forma de música e teatro, um espetáculo que, puxa, me arrepiava. Os personagens ao cantar demonstravam ser bem fortes apesar de todas as suas dificuldades e os seus conselhos pareciam ser direcionados a mim. Notei que eu não poderia ter morrido sem assistir aquele musical, seria uma grande perda.

E lá vem final. As últimas cenas e música começam a se tornar chocantes, emocionantes, e, quando clímax e a última música se inicia, começo a sentir uma coceira nos meus olhos.

Eles estavam permeados de lágrimas.

Eu pensei "Uau, nunca chorei assistindo coisa alguma, e eu vou chorar assistindo uma peça de teatro?". Limpei os olhos logo em seguida, me impedindo de continuar. O espetáculo terminou, parte do elenco original do musical apareceu e, juntos, o elenco velho e o novo cantaram uma música para a plateia que se chamava Seasons of Love, ou qualquer coisa assim. A letra falava sobre como você mede um ano. Em invernos? Em verões? Em momentos bons? Em ruins?

E que tal medir em amor?, eles diziam. Não tem como não se emocionar, a menos que você não se importe muito com esse tipo de coisa.

E eis que, vendo os extras, eu descobri que aquele havia sido o ÚLTIMO SHOW do Rent após mais de 12 anos de exibição. Não foi a toa, então, que todos os atores estavam muito sensíveis ao atuar, choravam facilmente, a emoção de fazer uma peça de teatro exalava das suas peles. Estava tudo tão real que a explicação para aquilo não podia ser outra senão o começo de um fim. Para eles, aqueles anos de Rent estava terminando ali, na Seasons of Love. Ver os atores chorarem no backstage me deixou ainda mais emocionado, e mais lágrimas vieram aos meus olhos.


Enfim, concluí que aquele musical foi feito pra mim. Me fez perceber que os nossos problemas não são nada se os encararmos com autoridade, com maturidade. ME fez perceber como o humano é um tolo ao tratar o próximo com superficialidade, com se outro fosse um mero medíocre. Eu aprendi uma lição que é a seguinte: eu nasci para ser feliz.

E é por isso que eu super indico o musical Rent: Os Boêmios Ao Vivo Na Broadway. É um musical que fala de amor, amizade e a dificuldade para conseguir o dinheiro do aluguel (?). É romântico, é dramático, engraçado, mas, acima de tudo, é marcante.


P.S.: O Musical é pra 14 anos, pois fala de assuntos como sexo, drogas e Aids.

P.P.S.: O autor do musical morreu.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

A Saga da Minha Vida e a Sua Autora

Essa é Joanne Kathleen Rowling:


Você pode não conhecê-la (em que mundo você vive?), mas essa é uma das mais bem sucedidas escritoras do mundo. Não sabe o que ela escreveu? A foto é auto-explicativa: ela escreveu a saga Harry Potter, saga que já vendeu quase quatrocentos milhões de livros. Pra se ter uma ideia, é como se casa pessoa do Brasil tivesse comprado, pelo menos, dois livros dela. Pensando nesse sucesso, ninguém resolve pensar no passado dela.

Pois é, mas essa mulher tem uma história de vida tão inspiradora que eu gostaria muito de dedicar um post inteiro somente a ela para demonstrar o quanto eu a admiro.

Pode não ser o seu caso, mas JK foi a responsável por fazer com que muitas crianças e adolescentes passassem a gostar muito de ler (é, se você gosta de Crepúsculo, a culpa é da JK), inclusive eu, que não via beleza numa leitura. Mas saiba que chegar nesse sucesso todo não foi fácil.

Certo dia, assistindo a um programa da NGT que estava mostrando a vida dela, eu descobri muitas coisas a seu respeito, e fiquei estupefato com o que descobri. Portanto, o motivo que me leva a dedicar esse post a ela e que fez com essa mulher se tornasse a principal fonte de inspiração da minha vida vem logo a seguir.

JK era professora, morava num bairro suburbano da Inglaterra, era formada em Letras e nem por isso era uma pessoa de sucesso. Estava grávida, de repente teve sua família e, no mesmo tempo, perdeu o emprego. Como forma de ganhar dinheiro rápido, JK escreveu um romance que bolou de uma vez só enquanto vagava de trem, descendo na King's Cross com a história montada na mente. Para não acordar a filha que acabara de nascer, ela ia até um Café mais próximo e digitava, escrevendo com pressa pois precisava pagar as contas.

Ao terminar a escrita, mandou para editoras, mas nenhuma aceitou, julgando que a história de Harry Potter era absurda demais para ser lançada. Depois de um longo tempo, a Bloomsburry aceitou a história e resolveu publicá-la.

O resto da história vocês conhecem.

Agora, o que me fez ser fã de verdade dela é o cuidado que ela teve em criar a história, uma saga de sete livros onde nada acontece por nada. Ficou rica quando mais precisava, o que significa que ela merece.

Ela a maior inspiração da minha vida e, quando escrevo, tenho que confessar que escrevo pensando nela. Sei que sofrerei as mesmas decepções que ela, mas na hora certa sei que tudo vai dar certo.

E nesses dias, pesquisando um pouco mais a respeito dela, descobri que temos algo em comum: a solidão. Mas essa solidão, depois que parei para pensar, é comum para escritores, apesar de eu não me considerar um escritor Escritor.

Ao ser perguntada se escreveria mais algum livro após terminar Harry Potter, JK falou que não quer escrever mais nada. O porquê disso é simplesmente porque ela sentiu os piores sentimentos que uma pessoa pode sentir ao escrever, ressaltando principalmente o quão ruim foi se sentir solitária. Agora que terminou Harry Potter, ela não pensa em escrever mais nada porque não quer sofrer novamente o que sofreu nesses dez anos.

Mas eu te entendo, JK. Apesar de tudo, você fez história e marcou seu nome na história do mundo. Você não precisa fazer mais nada para ganhar notoriedade.

Se eu pudesse encontrá-la algum dia, eu falaria "Obrigado por tudo", por mais que ela não pudesse entender.

P.S.: Experimente dedicar todo o seu tempo livre para terminar um livro e você saberá o que ela sentiu. Experimente gastar um ano da sua vida para concluir uma história. Experimente.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Vegetarianismo e o Sentimento

Certo dia, enquanto estudava com meus amigos para uma prova, lemos uma pergunta que falava sobre as mais diversas habilidades que os animais têm, como voar, nadar, cavar, cantar, enfim, várias coisas que eles fazem bem e que o ser humano pode até fazer, mas não com a mesma eficiência e precisão com que os nossos amigos animais fazem. Ainda lendo a pergunta, nós rimos e, do nada, eu resolvo comentar:

- Caramba, falando desse jeito, até parece que o ser humano não serve para nada.

Meus amigos riram ainda mais.

No entanto, um tempo depois, e quando digo um tempo quero dizer dias depois, voltei a pensar no assunto e, sem mais nem menos, cheguei a uma nova conclusão. O ser humano pode até não voar, nadar, cavar e cantar como os animais, mas ele tem uma habilidade que é, de longe, bem melhor do que todas essas: a de pensar. Chegando à essa conclusão, comuniquei-a aos meus amigos e, sim, eles concordaram comigo.

Com esse pensamento em mente, tentei ir mais a fundo no assunto e cheguei à mais ideias inimagináveis. Outro exemplo é que o ser humano sente, tem emoções, diferente dos nossos colegas animais.

Sentimos um aperto no coração quando perdemos algo ou alguém que tanto gostamos, rimos se achamos algo engraçado ou imprevisto, sentimos um medo que é capaz de dilatar as nossas pupilas e fazer nosso coração bater mais rápido, pensamos dez palavras por segundo quando procuramos soluções para os nossos problemas, e os animais não assim. Eles até podem demonstrar reações, e são apenas reações instintivas, algo que faz parte do nosso instinto de sobrevivência, o medo de morrer e outras coisas mais.

Portanto, com uma conclusão dessas posso afirmar com certeza que os animais não sentem? Posso.

Escrevi esse texto todo, explicando os sentimentos humanos e os animalescos, com o único intuito de criticar o vegetarianismo. Tudo bem se você não gosta de comer carne por causa da sua saúde e tals, mas falar que não devemos matá-los para fazê-los de alimentos quando sabemos que os leões matam as zebras, as baleias matam os atuns, os cachorros matam os ratos e tudo com o único objetivo de se alimentar é PURA hipocrisia.

Dizer que o ser humano pode ter outros hábitos alimentares e que pode facilmente largar da carne pode até ser válido, mas usar argumentos como "os animais também têm sentimentos" ou "temos que amar os animais, e não comê-los" é eufemismo.

Temos caninos como os leões, cachorros e outros animais justamente para rasgar a carne com ferocidade, e não para mordiscar talos de aipo.

Por enquanto, a minha conclusão é essa.

P.S.: Se você achou esse post inútil, diga-me. Não vou escrever mais coisas assim, eu prometo, mas esse é um desabafo.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

O significado de um beijo

O beijo pode ter muitos significados, além de fazer muito bem para o nosso corpo e mente. O beijo libera endorfina, o hormônio da felicidade, então, querendo ou não, o beijo é bom, em todos os sentidos que você puder imaginar. No entanto, o beijo tem um significado muito mais profundo quando se trata de uma relação entre duas pessoas.

Tudo bem que, quando estamos apaixonados, queremos apenas beijar. Sim, voamos em cima de nossos companheiros para nos satisfazer, para nos causar prazer. Não seja hipócrita ao dizer que você beija uma pessoa com o único objetivo de satisfazê-la, porque, nesse caso, somos especialmente egoístas. Importa saber se a pessoa gostou do beijo? Lógico que importa. Mas por quê? Porque vamos querer beijá-la novamente, e não pra saber se ela realmente se sentiu "realizada".

O beijo é bom, como eu já disse, mas tem um significado muito mais profundo do que apenas satisfação. Quer ver?

Se eu ato uma relação com uma pessoa, por que eu fiz isso? Porque eu gosto dela, não? Gosto do papo dela, gosto de estar junto dela, a presença dela me diverte, sua personalidade e tal... Mas, então, por que quando estamos a sós ficamos nos beijando enlouquecidamente? É por que nos amamos? Não, porque não temos o que falar.

Pois é...

O beijo é uma ótima válvula de escape para quando não sabemos o que fazer... Se não sei o que falar para a minha companheira (o) para agradá-la (o), eu a beijo, pois, se meu beijo for bom, ela/ele ficará, pelo menos, entretido(a) durante aqueles poucos minutos. O que isso significa? Vamos à conclusão!

Se uso a minha boca apenas para beijar, é porque não sei fazer nada melhor com ela.

Cruel da minha parte? De maneira alguma! Pense nas milhares de coisas que você pode fazer com sua boca! Conte uma piada, conte uma história, seja romântico(a), cante! Puxa vida, tem tanta coisa melhor pra fazer com a boca do que apenas curtir o silêncio com o beijo!

Um beijo não serve para "curtir o momento", o beijo serve pra fazer o tempo passar de uma vez por todas!

Portanto, beijo, logo, calo-me.